
Lágrima transmite coronavírus
Estudos mostram que risco surge quando a covid-19 provoca conjuntivite. Entenda.
A Covid-19, infecção causada pelo novo coronavírus, Sar-Cov-2, é uma doença que se espalha por diversos órgãos, além do sistema respiratório. Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, um deles é o olho que pode sofrer várias alterações e funcionar como a porta de entrada do vírus no sistema respiratório, através do ducto lacrimal que liga o globo ocular ao nariz.
O oftalmologista comenta que um levantamento da AAO (Academia Americana de Oftalmologia), mostra que não é comum o coronavírus provocar conjuntivite, mas a lágrima passa a transmitir a covid-19 quando a infecção chega à conjuntiva, membrana que recobre a esclera (parte branca do olho) e a face interna das pálpebras.
Pesquisas
É o que revela uma pesquisa realizada no Centro Nacional de Doenças Infecciosas do Hospital Tan Tock Seng em Cingapura. Participaram do levantamento 17 pessoas com covid-19 que tiveram o filme lacrimal analisado 64 vezes no período de três semanas. O único participante que desenvolveu conjuntivite também apresentou coronavírus na lágrima.
Outra pesquisa desenvolvida na Itália por cientistas do Inmi (Instituto Nacional para Doenças Infecciosas Lazzaro Spallanzani) confirma este resultado pela análise de amostras da lágrima de um paciente com covid-19 e conjuntivite nos dois olhos. Os cientistas destacam que o coronavírus teve uma sobrevida de 27 dias no filme lacrimal, contra 21 dias na secreção nasal.
Significa que a lágrima pode continuar transmitindo a covid-19 mesmo quando já não há sintomas da infecção. Por isso, Queiroz Neto recomenda a quem contrai covid-19 e desenvolve conjuntivite evitar o compartilhamento de colírios, toalhas, fronhas e maquiagem inclusive após a cura.
Uma terceira pesquisa realizada na John Hopkins University School of Medicine (EUA) analisou o filme lacrimal de 10 pessoas levadas à morte pela Covid-19 que também apresentaram conjuntivite. O estudo revela presença na lágrima de grande quantidade de duas enzimas que facilitam a penetração do coronavírus no organismo. Uma delas é a ACE2 e a outra a TMPRSS2. “Isso explica porque as mãos devem ser higienizadas com frequência e não serem levadas aos olhos, nariz ou boca que são as principais portas de entrada do coronavírus”, afirma Queiroz Neto.
Para ele, estas pesquisas reforçam a indicação preconizada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) do uso de óculos de proteção aos profissionais da saúde, além da máscara e luvas a toda a população.
Desgaste das lentes
O oftalmologista afirma que por precaução pessoas com covid-19 devem substituir a lente de contato por óculos. Isso porque, explica, além do desconforto, o coronavírus pode antecipar o prazo de validade das lentes por causar a quebra mais rápida do filme lacrimal, e formação de depósitos que alteram sua textura, coloração e transparência.
Durante a pandemia os principais cuidados com lente de contato indicados pelo médico são respeitar o prazo de validade, interromper o uso a qualquer desconforto, sempre lavar as mãos antes de manipular as lentes, lavar e enxaguar tanto as lentes como o estojo com solução apropriada e jamais dormir usando lente de contato.
ASSESSORIA
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Tratamento da rinite alérgica através da higiene nasal e ambiental
O tratamento da rinite alérgica através da higiene nasal e ambiental deva ser aplicado por profissionais da saúde e, especialmente, por equipes de Enfermagem, pois seu conhecimento e aplicação são imprescindíveis para o tratamento da rinite alérgica.
Esses são o resultado e a conclusão do artigo “Higiene nasal e ambiental: uma orientação imprescindível no tratamento da rinite alérgica”, de Gabrielly Menezes, Tainá Mosca e Wilma Carvalho Neves Forte, publicado pela revista Arquivos Médicos dos Hospitais e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, em maio/2020, após a observação de várias condutas a serem adotadas para a remoção de aeroalérgenos e agravantes.
O artigo aponta inicialmente que os aeroalérgenos e os irritantes inespecíficos são os desencadeadores dos sinais e sintomas da rinite alérgica. Os aeroalérgenos da grande maioria das regiões do Brasil são os ácaros da poeira, pelos de animais domésticos e restos de baratas. Entre os agravantes inespecíficos encontram-se fumaça de tabaco, odores, fiapos de tecidos e mudanças de temperatura.
A base fundamental para o tratamento de indivíduos com rinite alérgica é diminuir a exposição a aeroalérgenos e agravantes inespecíficos através da higiene nasal e ambiental.
O presente estudo tem como objetivo rever os principais métodos que evitam aeroalérgenos e agravantes da rinite alérgica. Foi feita uma revisão narrativa da literatura dos últimos vinte anos, pautada nos descritores e nos termos mais utilizados para rinite alérgica, tendo como base LILACS, SciELO e PubMed. Os critérios de inclusão foram métodos para evitar aeroalérgenos e agravantes causadores da rinite alérgica da quase totalidade das regiões do Brasil.
Acesse gratuitamente o artigo completo:
http://arquivosmedicos.

Vitamina D pode ajudar a prevenir contágio pelo coronavírus?
Diversos estudos científicos ao longo do tempo já revelaram que a vitamina D oferece proteção contra doenças respiratórias e fortalece o sistema imunológico. Portanto, ter níveis saudáveis do nutriente no corpo é importante.
Uma revisão recente com mais de 11 mil pessoas de vários países mostrou que a suplementação com o nutriente diminui o risco de infecções respiratórias agudas tanto naqueles com deficiência da vitamina quanto naqueles com níveis adequados.
E, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a deficiência da substância pode afetar a imunidade, pois ela desempenha um papel de imunomodulação, aumentando as defesas das mucosas.
Recentemente, vem sendo divulgado um estudo da Universidade de Turim, na Itália, revelou que o nutriente pode ajudar no tratamento e até na prevenção da COVID-19, por meio da análise do nível da vitamina em pacientes afetados.
Entretanto, segundo o Ministério da Saúde brasileiro, ainda não há comprovação dos efeitos da vitamina na prevenção do vírus. “Até o momento, não há nenhum medicamento específico ou vacina que possa prevenir a infecção pelo novo coronavírus”, explica o órgão.
Apesar dos suplementos de vitamina D também já terem demonstrado reduzir a mortalidade em adultos mais velhos, a Sociedade Brasileira de Infectologia também negou evidências de que a substância auxilia em algo quando se trata do novo coronavírus.
Ainda não há cura para a doença e nenhuma outra medida preventiva pode ser tomada além do distanciamento social e práticas de higiene adequadas, como lavar as mãos e cobrir o nariz ao espirrar ou tossir.
Além disso, é importante ficar atento porque tomar grandes doses de vitaminas e minerais isolados também pode ser perigoso. A vitamina D, por exemplo, não é metabolizada de forma eficiente sem níveis de magnésio adequado. Por isso, em altas doses, pode ser tóxica. Saiba como obter vitamina D nos alimentos.
Deficiência de vitamina D
Falta de vitamina D causa problemas físicos e cognitivos
Vitamina D tem relação com mortalidade por doenças cardiovasculares
FONTE:MINHA VIDA
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Saiba o que a covid-19 causa nos pulmões
Embora a pandemia do novo coronavírus (covid-19) ainda seja um mistério em muitos aspectos, o que médicos e pesquisadores do mundo todo já sabem é que o pulmão não é o único, mas é o órgão mais afetado pela doença. “Esse vírus, apesar de ter certa predileção pelo pulmão, pode acometer outros órgãos. O pulmão é o órgão mais afetado. A despeito disso, a gente não pode esquecer os outros órgãos. A gente coloca toda a nossa energia para dar oxigenação a esses pacientes, mas esquece de fazer um eletro e um ecocardiograma, explicou à Agência Brasil a médica Patricia Rocco, professora titular e chefe do Laboratório de Investigação Pulmonar do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (UFRJ) e membro da Academia Nacional de Medicina e Brasileira de Ciências.
A pesquisadora explicou que ao entrar no organismo – por meio de gotículas de saliva, de espirro ou ainda de mãos contaminadas levadas ao rosto – o vírus se liga a receptores distribuídos pelo corpo inteiro. Nos pulmões, ele infecta células dos alvéolos – onde ocorre a troca de gases entre o pulmão e corrente sanguínea – a partir daí esse vírus começa a se multiplicar, mata a célula hospedeira e é liberado para contaminar outras células. “Concomitantemente a isso você tem um estimulo das células do sistema imune. Elas começam a ficar ativadas e a liberar uma série de mediadores que geram a inflamação local no pulmão e no corpo inteiro também”, destacou. “Essa inflamação do pulmão gera pneumonia com várias partes do pulmão acometidas e, nos casos mais graves, pode gerar o que a gente chama de insuficiência respiratória”, acrescentou.
Sequelas
Sobre possíveis sequelas no pulmão, causadas pelo novo coronavírus, Patrícia Rocco disse que não há ainda nenhum trabalho no mundo que afirme categoricamente se isso acontece. Segundo ela, existem vários estudos feitos a partir de autópsias. Esses pacientes que faleceram da covid-19 apresentaram um processo de fibrose pulmonar, que é um tipo de sequela. “O grupo da Europa, que está na nossa frente em relação à covid-19, observou que os pacientes que ficam muito tempo na UTI podem evoluir com sequela, mas não podemos afirmar se a sequela é pela doença covid-19 ou pelo fato desses pacientes estarem muito tempo ventilados mecanicamente. A ventilação mecânica por um tempo prolongado, também pode gerar fibrose pulmonar, que é o que a gente chamada de sequela”, esclareceu.
A especialista acrescentou que pessoas que saem desse processo infecioso grave, podem ficar mais cansadas a ponto de não conseguirem fazer suas atividades com tanta agilidade. Esses pacientes também apresentam falta de ar, mas ainda não é possível afirmar se essas consequências podem ser atribuídas ao vírus nem se os danos serão para sempre.
Tabagistas
A médica Patrícia Rocco fez ainda um alerta aos fumantes, que dividiu em dois grupos: o dos que ainda não têm alterações do pulmão importantes e os que têm a chamada doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) – que causa enfisema pulmonar e bronquite crônica. “O tabagismo, por si só, já causa um processo inflamatório nos pulmões. Se esse paciente tiver um enfisema pulmonar ou qualquer outra doença respiratória crônica pelo tabagismo está comprovado que a covid-19 vai apresentar casos mais graves” alertou.
AGENCIABRASIL
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Quarentena pode aumentar miopia em crianças
Revisão científica associa risco à falta de vitamina D. Uso abusivo do celular também influi. Entenda.
O isolamento imposto pela pandemia de covid-19, infecção causada pelo novo coronavírus, sars-cov-2, pode aumentar a miopia em crianças. De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier esta é uma das conclusões de uma revisão científica sobre o papel da vitamina D na saúde dos olhos.
Segundo o especialista, a miopia geralmente aparece na infância. É causada por fatores genéticos e ambientais que fazem o olho crescer mais que o normal. “Por isso, as imagens se formam à frente da retina e os míopes enxergam tudo o que está distante embaçado”, esclarece.
Uma revisão científica realizadas nos últimos seis anos, destaca, evidencia que não é só a pele que produz vitamina D quando tocada pela radiação UVB (ultravioleta do tipo B) emitida pelo sol. O mesmo processo acontece na córnea, lente externa do olho responsável pela refração. Outra novidade desta revisão é que a vitamina D regula mais de 900 pares de genes, podendo, portanto, estar associada ao fator genético. Outros estudos também associam o controle da miopia às atividades externas. “Isso acontece porque o sol aumenta a produção de dopamina, hormônio do bem-estar que ajuda a controlar o crescimento do olho”, pontua.
Queiroz Neto afirma que em muitos países, incluindo o Brasil onde não são produzidos alimentos fortificados com vitamina D, o sol responde por mais de 70% da substância circulante no organismo da população. Por isso, as crianças devem ser estimuladas a tomar 15 minutos/dia de sol sem usar filtro solar, ainda que seja na varando do apartamento, durante a quarentena.
Risco da tecnologia
Crianças fechadas em casa tendem a usar abusivamente o celular e outras telas digitais. Queiroz Neto afirma que esta é outra causa importante do aumento da miopia no mundo todo. Um levantamento realizado pelo oftalmologista no hospital com 360 crianças de 6 a 9 anos mostra que telas digitais usadas por até 6 horas contínuas praticamente dobra a miopia. No grupo passou de 12% para 21%.
O oftalmologista explica que o celular e outras tecnologias provocam miopia acomodativa, uma dificuldade temporária de enxergar à distância. decorrente do excesso de esforço visual para perto. Os pais devem ficar atentos aos sinais de miopia em crianças: assistir TV muito próximo, fazer careta para enxergar algo distante, dor de cabeça no final do dia e súbito desinteresse por atividades esportivas. A miopia acomodativa pode ser corrigida até 8 anos de idade, quando o olho completa seu desenvolvimento, com descanso de 15 a 30 minutos a cada hora em frente a uma tela digital. Depois dessa idade passa a ser um mal permanente que necessita de acompanhamento oftalmológico.
Efeitos da luz azul
Queiroz Neto afirma que a OMS (Organização Mundial da Saúde) preconiza desligar todos os equipamentos de informática duas horas antes de dormir. Isso porque, a luz azul emitida pelas telas digitais tem o mesmo comprimento da luz invisível que predomina durante o dia. Por isso, diminui a produção de melatonina, hormônio indutor do sono
O oftalmologista afirma que além da insônia, a exposição à luz azul durante a noite entre em crianças interfere na saúde óssea, metabolismo cardíaco, desenvolvimento de habilidades cognitivas e motoras.
Em adultos, o médico afirma que a luz azul durante a noite facilita o ganho de peso, aumenta o stress oxidativo e a resistência à insulina. Resultado: A conexão às redes sociais até altas horas predispõe ào diabetes tipo 2 e antecipa a formação da catarata.
A única forma de evitar a perda da visão pelo diabetes é o acompanhamento oftalmológico contínuo com aplicações de laser e injeções de anti-angiogênico que evitam perda irreversível d a visão.
Já a catarata, afirma, torna o cristalino opaco e tem como único tratamento a cirurgia que substitui o cristalino opaco pelo implante uma lente intraocular. Os sinais de que está na hora de operar são: Perda da visão de contraste e profundidade, enxergar halos ao redor da luz, troca frequente de óculos.
Queiroz Neto afirma que o Instituto Penido Burnier mantém atividade durante a quarentena no período da manhã. Lesões no olho, dificuldade de enxergar ou de usar lente de contato, cegueira súbita, dor nos olhos e enxergar manchas escuras ou uma chuva de pontinhos pretos são sinais de que seus olhos não podem esperar por atendimento.
ASSESSORIA
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Coronavírus: Cuidados que devem ser tomados com as pessoas idosas com deficiência
Em meio à pandemia do COVID-19, pouco se fala sobre os cuidados que devem ser tomados com as pessoas com deficiência. Trata-se de algo preocupante, já que muitas patologias associadas a certos tipos de deficiência também colocam esse público no grupo de pessoas que exige atenção e cuidados especiais. É o caso, por exemplo, da síndrome de Down, que geralmente gera uma malformação cardíaca que leva ao risco de desenvolvimento de complicações ocasionadas por qualquer infecção, não apenas pelo coronavírus, mas também resfriados comuns, bronquiolite ou pneumonia.No dia 17 de março, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou um alerta mundial sobre os cuidados a pessoas com deficiência durante a crise do coronavírus. No texto, a relatora especial da ONU sobre os direitos das pessoas com deficiência, Catalina Devandas, afirma que pouco tem sido feito para orientar e apoiar o segmento na prevenção contra a pandemia, ainda que muitas dessas pessoas pertençam ao grupo de alto risco.
No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase 22% da população (45 milhões) têm algum tipo de deficiência. Além disso, pessoas com deficiência em condições genéticas ou neurológicas que tomam remédios específicos, têm restrições respiratórias ou dificuldades profundas de comunicação, precisam ser monitoradas com atenção redobrada. Sendo assim, aqueles que cuidam de pessoas com deficiências severas, físicas ou intelectuais, também precisam ficar alertas e fortalecer as medidas de prevenção.
Diante disso, a Apabex — Associação de Pais Banespianos de Excepcionais, instituição sem fins lucrativos que promove atendimento especializado a pessoas com deficiência intelectual, reuniu seu quadro de especialistas — como geriatras, psicólogos, fonoaudiologistas, terapeutas ocupacionais, entre outros — para esclarecer pontos importantes sobre os cuidados das pessoas com deficiência nesse cenário.
“A nossa missão é acolher, cuidar e incluir pessoas com deficiência intelectual adulta e idosa, e com esta pandemia do Covid-19, precisamos protegê-los ainda mais, para evitar ao máximo o risco de contágio e que a situação deles se agravem. Vamos juntos, superar este momento e continuar proporcionando qualidade de vida para todos os nossos atendidos”, comenta Vanessa Brustolin, coordenadora técnica da Apabex.
Hoje, a Apabex, já vem realizando as mudanças necessárias diante a pandemia do coronavírus em suas duas unidades, na Vila Mariana, em São Paulo, e em Vinhedo, interior do Estado, que atendem mais de 70 pessoas, sendo que muitos dos atendidos possuem idade acima de 60 anos, estando, portanto, inseridos no grupo de risco.
Seguem alguns dados importantes sobre os cuidados específicos:
• Deficiência intelectual
Podem exigir supervisão e ter dificuldade em entender e seguir as recomendações. Por isso, o cuidador precisa manter ainda mais presente nesses casos.
• Deficiência visual
Aumentar a frequência da higienização das mãos, devido ao maior uso do tato, após qualquer toque. É preferível ainda que, ao serem guiados por alguém, essas pessoas segurem no ombro de quem for guiá-lo, ao invés de tocar a mão.
• Deficiência auditiva (Libras)
É fundamental que se evite tocar o rosto enquanto sinaliza e, caso o faça, é importante higienizar constantemente as mãos.
• Surdocegueira
Como se comunicam usando contato físico, devem higienizar as mãos e antebraços.
• Cuidadores e enfermeiros
Higienizar-se antes de qualquer contato ao chegar da rua. Isso vale também para familiares e amigos: usar máscara caso tenham tido contato com casos suspeitos e se, apresentarem sintomas de gripe, evitar contato.
Sobre a ApabexA Apabex – Associação de Pais Banespianos de Excepcionais é uma organização sem fins lucrativos criada em 1985 por funcionários do Banespa, com apoio do Serviço Social do banco, para promover atendimento especializado a pessoas com deficiência. Com duas unidades, uma na Vila Mariana, capital, e outra em Vinhedo, interior de São Paulo, é especializada no atendimento de pessoas com deficiência intelectual adulta e idosa, dispondo de uma equipe multidisciplinar nas áreas de psicologia, fonoaudiologia, geriatria, terapia ocupacional, fisioterapia, pedagogia, serviço social, educação física, música e nutrição para integrar diagnósticos e processos terapêuticos. Promove o apoio e o acompanhamento de familiares orientando e estimulando a troca de informação, orientando e estimulando a troca de informação, visando garantir a qualidade de vida da pessoa com deficiência.

Em tempos de coronavírus, nesta estação, outra infecção respiratória ameaça a saúde dos bebês, principalmente prematuros e cardiopatas
- Vírus Sincicial Respiratório (VSR) começa a circular de forma acentuada este mês nos estados do Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. Em abril, temporada tem início no Sul.
- A boa notícia é que existe uma forma de prevenção, disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) e com cobertura obrigatório pela ANS
Neste início de outono, não apenas o novo coronavírus se transformou em ameaça à saúde da população. Esta estação do ano marca a circulação do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) nos estados do Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. Na região Sul, o vírus passa a circular de forma mais intensa em abril. A infecção pelo VSR tem efeitos devastadores sobretudo em bebês prematuros ou nascidos com cardiopatias congênitas, sendo uma das principais causas de re-hospitalizações frequentes (em alguns casos, pode ser fatal), podendo resultar problemas respiratórios por longos períodos (até 10-12 anos de idade). O contágio é pelo ar ou por objetos e superfícies que possam estar contaminadas (como de brinquedos, maçanetas de portas).
Embora não haja tratamento para infecção do VSR – somente para controle dos sintomas –, as crianças de riscos podem receber uma profilaxia com um anticorpo monoclonal específico, capaz de prevenir as formas mais graves da doença, reduzindo as taxas de hospitalização. A profilaxia está prevista no calendário para prematuros da Sociedade Brasileira de Pediatria
“O Sistema Único de Saúde (SUS) e os planos privados de seguro-saúde fornecem essa profilaxia gratuitamente para crianças com menos de 1 ano de idade e que nasceram com idade gestacional menor ou igual a 28 semanas e 6 dias, ou até os 2 anos com doença pulmonar crônica da prematuridade ou doença cardíaca congênita. Mas, para toda a população, lavar as mãos corretamente é a melhor medida”, afirma a pneumopediatra Dra. Débora Chong.
Pesquisa DATAFOLHA, realizada em outubro de 2019, mostra que cerca de 1/3 dos brasileiros tiveram conhecimento de pelo menos um caso de nascimento prematuro nos últimos cinco anos. Dados da SBP revelam que, por ano, nascem cerca de 30 milhões de bebês prematuros ou com baixo peso ou adoecem logo nos primeiros anos de vida em todo o mundo. Em 2017, 2,5 milhões de recém-nascidos morreram nos primeiros 28 dias de vida – 80% por baixo peso ao nascer e 65% por prematuridade.
O levantamento do DATAFOLHA revela que a bronquiolite, uma das principais doenças causadas pelo VSR, é conhecida por metade dos brasileiros (51%), mas o vírus ainda é pouco conhecido (24% dos brasileiros). Mesmo entre aqueles que conhecem a doença, 68% não conhecem VSR. O Instituto DATAFOLHA ouviu 2086 pessoas (52% de mulheres), com idade média de 42 anos, de todas as regiões brasileiras, entre 7 e 14 de outubro de 2019.
Infecção por VSR
A bronquiolite é uma infecção nos bronquíolos, ramificações dos brônquios que levam oxigênio aos pulmões. A infecção provocada pelo VSR causa excesso de muco e estreitamento nos bronquíolos, comprometendo a absorção de oxigênio. Entre os sintomas, o bebê fica com dificuldade para respirar e falta de ar. Depois da bronquiolite instalada, existem somente medidas paliativas para alívio dos sintomas.
A pneumopediatra Dra. Débora Chong afirma que devem ser imunizados os bebês prematuros que nascem durante a estação do vírus e também aqueles que nasceram nos meses que antecedem a estação do ano. A imunização, mediante prescrição médica, é fornecida gratuitamente pelo SUS (conforme o calendário de cada região) e também faz parte do rol de procedimentos obrigatórios estabelecidos pela Agência Nacional de Saúde (ANS) para planos de saúde privados.
Links úteis:
https://familia.sbim.org.br/
(SPMJ)
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Brasileiros desenvolvem vacina para combater variedade do coronavírus
Cientistas do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (Incor), da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), desenvolvem uma vacina contra o Sars-CoV-2, variedade do coronavírus que provoca síndrome respiratória aguda grave. O diretor do laboratório e coordenador do projeto, Jorge Kalil, ressalta que a vacina não deverá ficar pronta logo, uma vez que o processo envolve rigorosos testes de segurança.
A equipe do laboratório do Incor ainda realizará testes em camundongos para comprovar a eficácia da vacina. Em seguida, buscará firmar colaborações com outras instituições de pesquisa para finalizar o desenvolvimento da substância e produzir uma candidata a vacina contra Covid-19.
Em entrevista à Agência Brasil, Jorge Kalil disse que não é possível precisar quando a vacina será lançada, devido à série de protocolos que devem ser seguidos à risca. Ele ponderou, ainda, que “fazer uma vacina não significa produzir a vacina”, mas sim “o conceito da vacina e como ela vai funcionar”.
“Mesmo as vacinas que estão sendo feitas no exterior, mesmo que comecem a testar em humanos daqui a dois, três meses, dificilmente isso vai estar disponível antes de um ano e meio, dois anos, porque você tem que testar, ter a capacidade de produzir essa vacina industrialmente. Tem, primeiro, que ver se não é tóxica, depois tem que ver se ela induz, realmente, anticorpos neutralizantes em humanos, porque, às vezes, modelos animais que a gente usa não representam exatamente o que a gente encontra em humanos. Então, tem uma série de etapas que precisam ser feitas”, explicou Kalil, que foi ex-diretor do Instituto Butantan.
“É claro que, hoje em dia, nós temos várias tecnologias com as quais a gente consegue ir muito rápido, mas, mesmo assim, a gente não pode passar todos os testes de segurança, para que não cause mais problemas do que ajude as pessoas”, disse.
Proposta diferente
De acordo com o pesquisador, a proposta dessa vacina é diferente da que vem sendo apresentada por especialistas de outros países. A expectativa é que o método escolhido permita que o corpo da pessoa vacinada tenha uma resposta de defesa melhor, ou seja, imunológica, a partir do reconhecimento de partículas semelhantes ao vírus (em inglês virus like particles). As VLP imitam o vírus, mas não têm, como ele, capacidade de se multiplicar, de acordo com Kalil.
Kalil explicou que junto com os antígenos, cuja função é estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos, serão inoculadas VLPs no corpo da pessoa imunizada. “Quando nós construirmos essa partícula viral, vamos colocar nela fragmentos da proteína mais importante para neutralizar o vírus, que é a proteína da espícula viral, parte externa do vírus que parece uma flor e que é a que gruda na célula”, disse Kalil, em referência à coroa que os coronavírus possuem e que definiu seu nome.
“Tem várias tipos de vacina que são utilizadas hoje em dia nos programas de saúde. Por exemplo, a vacina de sarampo é uma vacina com o vírus atenuado, ou seja, você deixa o vírus fraquinho e injeta na pessoa, que produz anticorpo contra aquele vírus fraquinho e aqueles anticorpos o neutralizam. Na vacina contra a gripe, a gente usa uma contra-técnica. A gente produz uma grande quantidade de vírus, como aqui no Brasil, no Instituto Butantan, e depois a gente mata esse vírus, inativa-o, e faz pequenos fragmentos do vírus, destrói o vírus, inclusive, e injeta nas pessoas, que produzem anticorpos contra as partículas. Esses anticorpos vão neutralizar o vírus e ele não ataca”, explicou.
“Eu posso também fazer uma vacina como a da hepatite, que é só a proteína principal do vírus que a gente injeta. E a gente pode fazer, ainda, vacina em que a gente dá a informação para o organismo da proteína principal do vírus para neutralizá-lo e, dentro do organismo, esses ácidos nucleicos se expressam, fazem a proteína e a gente faz anticorpo contra. A nossa proposta é diferente”.
Articulação de enfrentamento
Para Jorge Kalil, os países que têm encarado mais habilmente a pandemia de coronavírus são a China, Singapura e a Coreia do Sul, esta “porque fez diagnóstico de pessoas em massa e conseguiu isolar infectados”.
O diretor disse que o governo italiano permitiu que a transmissão se tornasse “uma catástrofe” e atingisse um “nível exponencial”, que, segundo ele, pode se repetir no Brasil, caso as autoridades governamentais não tomem providências. Já no caso dos Estados Unidos, a avaliação é que o governo foi “negligenciando o perigo”, embora tenha chance de mitigar parte dos danos, por ser detentor de um volume expressivo de verbas.
“O que seria importante é a gente desbloquear recursos – está muito difícil recurso para a ciência, no Brasil –, para que a gente possa trabalhar e também facilitar a importação de todos os reagentes, para que a gente não perca tempo com muita burocracia e consiga trazer o que for necessário para o Brasil, para gente trabalhar, seja na vacina, seja no diagnóstico, seja para obter resultado de outras drogas, o que for”, ressaltou Kalil.
FONTE:AGENCIABRASIL
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Novo Coronavírus, realidade, crise e resiliência – Prof. Dr. José Toufic Thomé
Desde a previsível chegada do SARS-CoV-2 ao Brasil, há poucos dias, o vírus conhecido como Novo Coronavírus, a doença por ele causada: “Covid-19” ou “Doença por Coronavírus 2019”, e as suas inevitáveis consequências clinicas, sociais e econômicas, estão ganhando a atenção da população. E há um justificável sentimento de apreensão, por parte de quem acompanhou notícias sobre a doença, desde que ela era apenas uma epidemia, no outro lado do globo.
Diante da provável crise, a reação dos governos mostrou Ministério da Saúde e Estados atuando de forma sincronizada, na medida do possível, defronte tanto das particularidades regionais, quanto do desafio assistencial, logístico e econômico que está por vir. Ministério, Secretarias e alguns bons quadros do Executivo buscaram, simultaneamente; por um lado, preparar a enorme estrutura para suporte e tratamento que será necessária – a toque de caixa e sem contar com apoio pleno de indústrias em outros países; e por outro, evitar que as populações sejam, desnecessariamente, submetidas a uma situação de estresse, frente à realidade tão complexa como potencialmente perigosa. E, na impossibilidade de dispormos de recursos econômicos e condições estruturais para idealizar soluções com instrumentalização ainda maior, essa, parece mesmo ser a estratégia mais inteligente a seguir.
A CRISE. Na previsão de disseminação do vírus pelo país, é esperado que uma parcela de até 60% população poderá se contaminar em poucas semanas. E nesse grande grupo, apenas uma em cada 10 pessoas ficará doente, exigindo terapias especializadas. O risco de morte e a necessidade de tratamento intensivo será exigida por um grupo ainda menor, formado por 6% das pessoas que forem infectadas. Contudo, diante da quantidade de atendimentos intensivos necessária para oferecer auxílio à essa “pequena” fração da população (milhões!), a concentração da exigência de suporte médico, em um curto período de tempo, irá sobrecarregar os sistemas de atendimento à Saúde, público e privado, disponíveis no país. Ou seja, o desafio não é a gravidade da Covid-19, tampouco tratá-la adequadamente. Mas sim, dispor de estrutura específica para tratar um número enorme de pessoas com a doença, simultaneamente.
Diante da impossibilidade de evitar, de forma eficaz, que as pessoas sejam infectadas (como ocorre com outras doenças, através de vacinas, por exemplo), os esforços do governo e da sociedade, precisam ser direcionados para desacelerar a disseminação do vírus, de modo que o número de pessoas que necessitem de atendimento clínico seja distribuído ao longo do tempo, em vez concentrar-se, ocasionando picos de ocupação nas UTIs. E, na prática, as próximas semanas exigirão atenção, comprometimento e solidariedade das populações nos principais aglomerados urbanos do Brasil.
Evitar essa urgência de cuidados, sem histeria coletiva e comorbidades, irá submeter a população à experiência de rever os seus hábitos mais comuns, como por exemplo: lavar às mãos, interagir fisicamente com pessoas e objetos, frequentar e comportar-se em locais públicos, tais como supermercados, bares, cinemas, praias, lojas, etc. E diante do longo período em que será necessário evitar a progressão do contágio, objetivando a desconcentração do atendimento intensivo, medidas afoitas como estocar alimentos, isolamento, paralizações generalizadas, entre outras, revelar-se-ão pouco eficazes. Pois não serão economicamente e socialmente viáveis, por muitos dias. E a resolução da pandemia do Novo Coronavírus exigirá prazo bem mais amplo.
No intervalo necessário para a solução da crise, a capacidade coletiva de adaptação e superação da adversidade clínica, social e emocional, que podemos denominar “resiliência”, será colocada à prova. E aprimorada a cada momento, em que ações individuais e grupais forem reavaliadas, as necessidades sociais: compreendidas e, finalmente, existam mudanças de atitudes. Da melhoria na higiene que ser exigida para a manipulação de objetos do dia a dia (talheres, copos, maquininhas de cartão, elevadores, veículos públicos, etc.), às ações preventivas que todos terão que aprender a praticar, para não oferecer riscos aos outros. Por exemplo, não frequentar ambientes sociais quando apresentar sintomas, ou houver um familiar gripado, em casa. Será uma experiência e tanto, e a partir da qual, possivelmente a sociedade brasileira começará a ser reconstruída, inclusive em suas relações humanas, recentemente tão cindidas.
Prof. Dr. José Toufic Thomé – Médico pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Psiquiatra e Psicoterapeuta especialista em situações de crises e transtornos da contemporaneidade. Coordenador do Curso Psicoterapia e Intervenção Psicodinâmica em Situações de Crises – Estresse e Trauma, no Instituto Sedes Sapientiae de SP. Presidente da Unidade Brasil da Rede Ibero-Americana de Ecobioética – Cátedra UNESCO de Bioética. Presidente da Secção Psiquiatria em Crises e Desastres da Associação Mundial de Psiquiatria (WPA na sigla em inglês). Membro do Corpo Clínico do Hospital Sírio-Libanês.

Sintomas de coronavírus? Saiba quando é necessário ir ao hospital
Para evitar o afogamento do sistema de saúde por causa do coronavírus, a indicação do governo e dos médicos é observar os sintomas e procurar o hospital apenas em casos mais graves.
“O paciente deve procurar o hospital em caso de febre alta, sinais de falta de ar ou insuficiência respiratória”, explica Luiz Cardoso, Superintendente de Pacientes Internados e Práticas Assistenciais no Hospital Sírio-Libanês. “Mas se os sintomas forem leves, febre baixa, coriza, o melhor é ficar em casa e entrar em contato com o médico”, completa.
A indicação do Ministério da Saúde é que, quem não possui um médico de confiança ou plano de saúde, procure os postos de saúde em caso de sintomas leves e o hospital referência da região em situações mais graves.
Fonte: Metropoles
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